UMA NOVA VIDA
SE INICIA AQUI
Localizada no berço dos povos da Chapada dos Veadeiros a trilha faz referência a Senhora Sant'Ana,
com o amparo da mãe natureza, o Caminho traz a força e acolhimento da divindade feminina.
Um produto exclusivo que percorre o centro histórico de Cavalcante e diversas paisagens e reservas naturais.
TUDO FICA MELHOR
COM UMA CAMINHADA
Veja o que te espera nessa experiência única!
Viva uma imersão proporcionada pela fauna, flora, geologia, hidrologia, fé, história e pré história local.
A FLORA
FORMAÇÕES VEGETAIS
FORMAÇÕES FLORESTAIS
As formações florestais do Cerrado englobam os tipos de vegetação com predominância de espécies arbóreas, com a formação de dossel contínuo. A Mata Ciliar e a Mata de Galeria são fisionomias associadas a cursos de água, que podem ocorrer em terrenos bem drenados ou mal drenados. A Mata Seca e o Cerradão ocorrem nos interflúvios em terrenos bem drenados, sem associação com cursos de água.
A Mata de Galeria possui dois subtipos: não-Inundável e Inundável. A Mata Seca três: Sempre-Verde, Semidecídua e Decídua. O Cerradão pode ser classificado como Mesotrófico ou Distrófico.
FORMAÇÕES SAVÂNICAS
As formações savânicas do Cerrado englobam quatro tipos fitofisionômicos principais: o Cerrado sentido restrito, o Parque de Cerrado, o Palmeiral e a Vereda. O Cerrado sentido restrito caracteriza-se pela presença dos estratos arbóreo e arbustivo-herbáceo definidos, com as árvores distribuídas aleatoriamente sobre o terreno em diferentes densidades, sem que se forme um dossel contínuo. No Parque de Cerrado a ocorrência de árvores é concentrada em locais específicos do terreno. No Palmeiral, que pode ocorrer tanto em áreas bem drenadas quanto em áreas mal drenadas, há a presença marcante de determinada espécie de palmeira arbórea, e as árvores de outras espécies (dicotiledôneas) não têm destaque. Já a Vereda também se caracteriza pela presença de uma única espécie de palmeira, o buriti, mas esta ocorre em menor densidade que em um Palmeiral. Além disso, a Vereda é circundada por um estrato arbustivo-herbáceo característico.
FORMAÇÕES CAMPESTRES
As formações campestres do Cerrado englobam três tipos fitofisionômicos principais: o Campo Sujo, o Campo Limpo e o Campo Rupestre. O Campo Sujo caracteriza-se pela presença evidente de arbustos e subarbustos entremeados no estrato arbustivo-herbáceo. No Campo Limpo a presença de arbustos e subarbustos é insignificante. O Campo Rupestre possui trechos com estrutura similar ao Campo Sujo ou ao Campo Limpo, diferenciando-se tanto pelo substrato, composto por afloramentos de rocha, quanto pela composição florística, que inclui muitos endemismos. De acordo com particularidades topográficas ou edáficas, o Campo Sujo e o Campo Limpo podem apresentar três subtipos cada. São eles: Campo Sujo Seco, Campo Sujo Úmido e Campo Sujo com Murundus; e Campo Limpo Seco, Campo Limpo Úmido e Campo Limpo com Murundus.
A FAUNA
OS 7 MAIORES ANIMAIS DO CAMINHO
ONÇA PINTADA
Panthera onca
É o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano. Apesar da semelhança com o leopardo (Panthera pardus), a onça-pintada é evolutivamente mais próxima do leão (Panthera leo). É um animal crepuscular e solitário. É um importante predador no topo da cadeia alimentar e pode comer qualquer animal que seja capaz de capturar, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas.
LOBO GUARÁ
É o maior canídeo da América do Sul, suas pernas longas e finas e a densa pelagem avermelhada lhe conferem uma aparência inconfundível. O lobo-guará é adaptado aos ambientes abertos das savanas, sendo um animal crepuscular e onívoro, com importante papel na dispersão de sementes de frutos do cerrado, principalmente a lobeira (Solanum lycocarpum). Solitário, os territórios são divididos entre um casal, que se encontra no período do estro da fêmea. Esses territórios são bastante amplos, podendo ter uma área de até 123 km2.
VEADO CAMPEIRO
Ozotoceros bezoarticus
É um cervídeo de porte médio, medindo até 120 cm de comprimento e pesando 40 kg. Machos são um pouco mais pesados e apresentam chifres com três pontas. São animais de hábitos diurnos e pouco sociais, vivendo em áreas que variam de 0,181 km2 a 175 km2. São animais majoritariamente diurnos, pouco sociáveis, vivendo em grupos pequenos e fluidos, dificilmente excedendo 5 ou 6 indivíduos.
Chrysocyon brachyurus
ANTA
Tapirus Terrestris
É o maior mamífero terrestre do Brasil e o segundo da América do Sul, tendo até 300 kg de peso e 242 cm de comprimento. É o último animal da megafauna no Brasil e possui uma dieta frugívora, e tem um papel importante na dispersão de sementes. Seus predadores são grandes felinos como a onça-pintada (Panthera onca) e a onça-parda (Puma concolor). É um animal solitário e vive em territórios de 5 km2 de área, em média. A anta tem reprodução lenta, com uma gestação que pode durar mais de 400 dias e parem apenas um filhote por vez, que pesa entre 3,2 e 5,8 kg. Podem viver até 35 anos de idade.
TAMANDUÁ-BANDEIRA
Myrmecophaga tridactyla
É um mamífero xenartro da família dos mirmecofagídeos, encontrado na América Central e na América do Sul. É a maior das quatro espécies de tamanduás e, junto com as preguiças, está incluído na ordem Pilosa. O animal mede entre 1,8 e 2,1 metros de comprimento e pesa até 41 kg. É encontrado em diversos tipos de ambientes, desde savanas a florestas. Prefere forragear em ambientes abertos, mas utiliza florestas e áreas mais úmidas para descansar e regular a temperatura corporal. É capaz de nadar em rios amplos. Seus predadores incluem grandes felinos, como a onça-pintada e a suçuarana, e rapinantes podem predar filhotes.
SUCURI-VERDE
Eunectes murinus
A sucuri-verde divide com a píton-reticulada (Python reticulatus), o título de maior serpente do mundo, alcançando 6 metros ou mais de comprimento, muito embora seus indivíduos adultos, em média, alcancem em torno de 3 ou 4 metros. Uma sucuri pode viver com tranquilidade por até 30 anos. As fêmeas são maiores que os machos, atingindo a maturidade sexual por volta dos seis anos de idade. Há muitas narrativas sobre ataques destas serpentes a seres humanos; no entanto, na sua maioria, os casos são fictícios, principalmente no que diz respeito ao tamanho real do animal.
EMA
Rhea Americana
A ema é a maior e mais pesada ave do continente americano. Um macho adulto pode atingir 1,70 m de comprimento e pesar até 36 kg. A envergadura pode atingir 1,50 m de comprimento.O macho constrói o ninho em uma depressão no solo, forrando-o com capim. Cada fêmea é capaz de pôr de 10 até 30 ovos. As emas possuem poucos predadores devido sua velocidade e alta vigilância, mas seu principal predador é a Onça- pintada(Panthera onca) e o Puma(Puma concolor),esses dois felinos as predam usando o elemento surpresa e normalmente os ataques sendo a noite.
A GEOLOGIA
TEMPOS GEOLÓGICOS
A região da Chapada dos Veadeiros abriga um dos maiores conjuntos geológicos do Brasil, sendo um dos solos e subsolos mais antigos do mundo, com 1,8 bilhão de anos. As cadeias de montanhas e serras desse território passaram pelas diversas eras, e transformações do Planeta. Com isso, contam grande parte desses momentos, desde a formação de nossa grande mãe terra. Eras do Gelo, Dinossauros, Vulcões e Mares, nossa história geológica é um grande GEO Park a céu aberto e o Caminho de Santana te convida a se aprofundar por tudo isso.
MONUMENTOS GEOLÓGICOS
No Caminho de Santana estão alguns dos mais enigmáticos monumentos geológicos da Chapada dos Veadeiros, percorrer as trilhas que passam a cada momento por uma curiosidade do tempo e da natureza. A Ponte de Pedra, é um fantástico monumento esculpido por milhões de anos com a ação do tempo e o recuo do mar, chuvas dentre outros fatores meteorológicos. Da mesma forma que o Cânion Veredas, que abriga uma das maiores fendas da borda norte próximo ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e o conjunto de fragmentações do Cânion Barroco. Nesses locais podemos entender as dobras, camadas e como nosso planeta se movimentou pelas placas formando os maciços geológicos.
FORMAÇÕES GEGOLÓGICAS
Percorrendo o Caminho de Santana viajamos no tempo e temos um contato próximo com uma diversidade de formações geológicas, cânions, cachoeiras, serras, morros, pedras, areia, e muito energia que emanam do centro da terra ao nosso encontro. Formações de conglomerados nos mostram a ação vulcânica, cristais de quartzo e as diferentes pedras mostram como a terra passa por metamorfoses e nos entregam na sua singela arte de moldar o planeta.
A HIDROLOGIA
BACIAS PARANÃ/TOCANTINS
A Chapada dos Veadeiros é uma das principais caixas d’água do Brasil. Essa região forma um dos maiores repositores de água para a Bacia do Araguaia/Tocantins. As águas que nascem aqui percorrem mais de 3.000 km sentido norte até chegar no mar, em Belém - PA. Ás águas puras e cristalinas estão intrinsicamente ligadas a geologia, formando a bacia do Paranã vertendo para o leste até encontrar o Rio Paranã, e para o oeste formando a bacia do Rio Tocantins. O Caminho de Santana chega ao cume do divisor de águas dessas duas bacias, na região da Ponte de Pedra com o Córrego São Domingos já na divisa com o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
BACIA DO RIO DAS ALMAS
A Bacia do Rio das Almas nasce nos altiplanos da Chapada dos Veadeiros no divisor das bacias do Paranã/Tocantins, onde no Pouso Alto de um lado verte o rio Preto para o Tocantins e para o outro rio das Almas, acompanhado dos Córregos Santana, Rio de Pedras e São Bartolomeu e uma infinidade de nascentes que cortam de um Lado a Serra de Santana para a bacia do Tocantins e do outro a Serra das Araras para a Bacia do Paranã, formando assim um dos maiores conjuntos de cachoeiras e cânions da região, com as maiores nascentes no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Essas águas que colaboram com a sobrevivência da vida silvestre e de grande parte da comunidade de Cavalcante.
CURSOS D'ÁGUA
Os diversos rios, córregos, veredas, e nascentes favorecem a vida silvestre e também o refrescar da caminhada ou da pedalada. Cada curso d’água revela nomes interessantes com histórias que nos fazem entender a ocupação desse território, como: córrego Lava-pés, córrego Santana, rio de Pedras, rio das Almas, córrego Mundo Novo, córrego São Bartolomeu, córrego São Domingos, córrego Cozido, córrego Criminoso e córrego Tapuio. Assim, como um grande sistema hídrico essas águas definem as paisagens rodeadas pelas Serras: Santana, das Araras, Nova Aurora e Boa Vista.
PRÉ HISTÓRIA E HISTÓRIA
OCUPAÇÃO PRÉ HISTÓRICA
Essa região antes da chegada das bandeiras, sempre foi um território bem ocupado e habitado por comunidades indígenas. Assim, Cavalcante ainda guarda traços da presença dos nativos por meio das miscigenações e até pelo legado invisível de índios que, de acordo com relatos locais, ainda circulam por esse território. Muitos dos locais estão. Associados com a presença indígena quando os colonizadores chegaram, como o Rio das Almas e córrego Tapuio, que faz referência a presença indígena. Tribos como os Crixás, Xacriabás, Kraôs e Avá-canoeiros tiveram presença nesse território, mas ainda pouco se sabe sobre essa grande presença ancestral, e pretendemos aqui revelar toda essa ocupação.
SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS
Em função da passagem de bilhões de anos que esse território já passou, há ainda um grande número desconhecido de sítios arqueológicos a serem desvendados. No Caminho de Santana encontramos alguns sítios que estão representados pela presença indígena e pelo processo colonizador. Desde inscrições rupestres indígenas à antigos vestígios de minas e processo minerador. No centro da cidade seja no início ou na chegada da trilha é possível ter um com locais das antigas igrejas coloniais.
HISTÓRIA
Cavalcante faz parte da história do ciclo do ouro no Brasil. Desde as primeiras entradas e bandeiras para as minas dos Goyaz colocou o município desde aproximadamente 1740 como um importante produtor de ouro. Com isso em um local que já era bem ocupado por índios. Com o processo minerador, Cavalcante chegou a ter em suas minas de ouro, aproximadamente 20 mil negros trabalhando e colocando todo o conhecimento e força africana no processo de construção desse território. Que foi totalmente mudado com o declínio do ouro aproximadamente na primeira década do século XIX. Com isso o destino de toda essa gente passou por processos de resiliência e adaptações para o Sertão do Brasil.
A FÉ
SENHORA SANT'ANA
O Caminho de Santana faz referência a Padroeira de Cavalcante Senhora Sant’Ana que no catolicismo foi a avó de Jesus e que tinha recebido do Espirito Santo a missão de fecundar aquela que seria a mãe de Jesus, Maria. Senhora Sant’Ana representa o sagrado que a força da natureza e o equilíbrio de nossa plenitude. O Caminho de Sant’Ana lhe oferece esse novo despertar pelas mais lindas paisagens, mas também para o seu eu interior. Sublimar pela natureza é um processo de energias para uma nova vida. Entender que o sagrado está em cada detalhe representado por suas forças e conexões com os verdadeiros valores da vida. Independente de crenças e religiões o Caminho Sant’Ana irá dar as forças necessárias para todo o seu percurso com uma energia superior e ao final proporcionar uma reflexão sobre os verdadeiros valores da vida.
Senhora Santana foi a padroeira de muitas bandeiras e incursões pelo interior do Brasil e com isso, muitos rios, povoados, vilas, igrejas recebem o seu nome. As primeiras bandeiras em busca da formação da Capitânia de Goyaz, se deu na saída de Santana do Parnaíba no interior de São Paulo. A fé que acompanhou esses desbravadores foi a devoção por Senhora Sant’Ana. Provavelmente as bandeiras que formaram o Arraial de Santana um dos primeiros povoados do Estado de Goiás foram as mesma que aqui chegaram em Cavalcante por volta de 1740. O fato é que Senhora Sant’Ana tem uma relação muito forte e intima com a natureza e o homem, em uma de suas cantigas cantadas pelas antigas lavadeiras mostra isso:
Senhora Santana ao redor do mundo
Aonde ela passava deixa uma fonte
Encontrei Maria na beira do rio
Lavando os paninhos do seu Bento filho
Maria lavava e José estendia
Menino chorava do frio que sentia
Calai meu menino, calai meu amor
A faca que corta não dá táio sem dor